Eis a Moradas dos Desgraçados e Perdidos...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Conformidade




“Escutemos a confissão de um colega de inferno”
(Arthur Rimbaud)

Estou tão feliz
Por Navegar neste monte de merda!
Muito obrigado
Pela saborosa catarrada
Qu’escorre pela minha face.

Sua bota acerta meu fígado
Mas eu tenho forças para cantar:
A vida é bela
Não há do que reclamar.

Um momento senhor explorador!
Deixe-me limpar o suor da tua tez
Pronto! Continue a nos fustigar!
Isso! Agora vá e violente minha mulher...

Depois de tudo isso
Deixe qu’eu explodo os miolos mortos
De minha vazia cabeça.

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